Planeta R*, 7 meses e 10 dias como habitante.
Caro amigo,
Lembro-me de
ter escrito a primeira carta há mais ou menos três anos, desde minha saída da
Terra. Passei por alguns lugares e lembro do primeiro planeta que habitei.
Depois viajei pelo espaço e lembro ainda de ter recebido notícias do pão de mel
de sua mãe, que Deus a tenha, torço para que essa tempestade em sua família
passe logo. Foram anos de viagens e experiências né meu amigo, você aí e eu
aqui.
Eu
reencontrei o primeiro planeta, dessa vez foi ao acaso, como na última vez, mas
quando percebi, era mais que uma aterrissagem rápida. Era uma noite quente como as
de fevereiro aí na Terra, durou pouco tempo para eu perceber que: planetas
mudam. Nessa noite eu vi alguns lugares que sempre me deixaram fascinados, o
mar azul acidentado (mesmo a noite ele é fantástico) por exemplo, e vi outras
mudanças. Mudanças aconteceram desde minha última saída, por isso o nomeei como
R*.
Quando saí
eu jurava para mim mesmo que encontraria algum planeta que me fizesse bem como
esse, você sabe, difícil encontrar um lugar para habitar no universo. Quando me
vi, estava já olhando um lugar para deixar minha nave, pontos interessantes
para passar as noites frias e até mesmo já comecei a planejar a construção de
uma casa. Nada muito grande, apenas que tenha o mesmo conforto que o planeta
inteiro proporciona.
Bom meu
amigo,como eu disse, planetas mudam, mas ainda assim mantém aquilo dentro que
faz a gente se apaixonar por eles, ou nunca deixar de se apaixonar. Quando
puder, saia da Terra e viaje por aí, faz bem. Tenho certeza que seu planeta
pode estar perto.
Michael Maia
Antigo
explorador.
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